Francisco
São poucas as minhas convicções, menos perenes a cada dia.
Libriana, barroca, prolixa pra caramba. Minha objetividade é rasa.
Preciso desconectar para escrever, necessito esvaziar para pintar.
O que há de mais inquietante em mim é a voracidade pelo amor.
Uma coisa quase paralisante. O tempo é estreito para o amor.
Sou infinita para amar. A escassez do tempo...
Essa incompletude que o outro deixa, que reforço...
Aí vem meu filho.
Até hoje não havia escrito nada sobre o Francisco. É tão vasto esse sentimento...
Ainda não havia conseguido resumi-lo, ou pelo menos organizá-lo em palavras.
É como entrar no mar verde e quente sozinha. Olhar para a imensidade. Parece não haver nada maior e mais envolvente. É deleitoso esse mar de sentimentos melhores. Uma hora você experimenta o mar, sente suas ondas, sua temperatura, sua instabilidade, sua amplidão. Os olhos incalculáveis do Francisco.
A maternidade é mar. Calmo, revolto, lindo, forte e sem fim. O amor pelo Francisco é assim: Fluido, natural, infindo. É líquido que se molda, preenche todas as reentrâncias. É maré que avança e volta para seu curso.
É amor demais pra qualquer exatidão.
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