Friday, April 04, 2008

nublado seco

tempo seco prata. arde olhos por falta d'água. visto roupa negra ora com teima. sei do incômodo que virá. sei das sombras que vou encontrar. copas entrelaçadas de folhas míninas. troncos parados enrugados secos.
não há relva gramada e sim chão matizado de cores marrons. o olho pede lente escura que não veio comigo. tô nua nesse campo de lavoura inerte. sem vento, sem umidade, sem tons primários. nem sei porque falo disso agora - é vontade de inspirar no fundo do escondido. achar alguma coisa de dentro que queira ser expelida. então escarro na poeira. continuo com sede. esqueci da minha própria água.

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