A HORA DA ESTRELA
Ontem li (mais uma vez) A hora da estrela. Fiquei pasma e comovida. Algumas coisas que leio realmente mudam o meu eixo. Aprumam ou entortam. Aquela simplicidade margeando o simplório absurdo. Não. Só simples. Como trafegar na vida sem expectativas? Sem conexões ou com pouquíssimas conexões? Com nenhum objetivo de nada. Só de ir vivendo... Tive vontade de me virar pelo avesso e experimentar ser do outro lado que não conhecia. Sem nada impregnado. Assim era a Macabéa. Lisa. Sem rugas para abrigar coisa alguma. E qual fora a sua redenção? Saber um pouco do pouco que era? Sonhar com um galã americano? Às vezes acho que é melhor ser planta. Se há água, cresce, se não, se amingüa sem morrer. Espera sem esperar. E um dia floresce. Acho que flor de estufa deve sofrer...
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