Ser mãe do Francisco é uma experiência muito legal na minha vida. São todos os sentimentos juntos todo o tempo. Amor sem cessar, apego, querer fazer o melhor, culpa, medo, alegria, emoção, sobressaltos, emoção, riso-choro, enfim... Hoje nós o levamos para conhecer o espaço no qual ele vai passar muitas horas do seu dia, fora de casa. Um lugar de brincar pra ler o mundo. Foi essa minha impressão (ou a que desejo pra ele). E incrível. Chegou e logo se identificou com o lugar. Curioso, olhar vivo e respiração rápida. E a mãe, eu, mais apreensiva, claro. Querendo saber de tudo, olhando 360º. A separação compulsória. Necessária. Vida rápida. A grana. Tempo curto...blá...blá...todas essas coisa dos dias atuais. O que mesmo importa para nossos filhos? O amor, é claro. Aprender a saber amar. Amor por filho é inato, natural. Acredito. Mas a gente sabe transmitir mesmo esse amor? Com calma, ternura e paciência? Penso nisso o tempo todo e quero que o Francisco se sinta amado, acarinhado, afagado. Ouvido. Seguro e livre. Não há nada de novo no que falo. Pode parecer. Para mim, é. É um desejo tão grande de fazer o melhor. De permitir e viver a felicidade, os momentos alegres e espontâneos. Fico feliz porque sinto perene em mim tudo isso. E sempre quero sentir assim. Um ser que você forma, molda e vê crescer. Olha que incrível. Uma experiência única. Você pode ter outras vivências também surpreendentes, sem filhos, é claro. As mulheres não necessariamente são inteiras ou se fazem assim por procriarem. É uma vasta loucura entremeada de muitos hormônios e milhares de anos de impregnação cultural que as tornam livres hoje. E a gente é ainda tão presa...Essa falação toda é para concluir que me reviro. Sempre me revirei. Mas ser mãe do Francisco torna estas reviravoltas mais loucas e vibrantes. Acho que vou me adaptar menos à sua ausência, quando na escola, do que ele. E mãe mesmo sabendo que é bom, sofre porque tem apego. Oh sentimentozinho...